“Não faço juízo de valor sobre opinião de Bolsonaro”, diz Queiroga
Relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), cobrou objetividade do ministro em relação às respostas
atualizado
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Após ser reiteradas vezes questionado pelo relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), se compartilhava de opinião do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso da cloroquina para tratamento da Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, evitou responder de forma objetiva. O medicamento não tem eficácia comprovada é defendido por Bolsonaro.
Diante da falta de objetividade do ministro, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), refez a pergunta e pediu para que ele respondesse. Queiroga se queixou, dizendo que os senadores estavam pedindo para que ele fizesse “um juízo de valor”.
“Eu não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República [sobre distribuir cloroquina a pacientes com Covid-19]. Essa é uma questão técnica”, se esquivou Queiroga.
O relator questionou se o governo está distribuindo cloroquina para indígenas e Queiroga respondeu que “não tem conhecimento” sobre isso. Aziz destacou que o ministro foi à CPI na condição de testemunha e, portanto, tem o compromisso de dizer a verdade.
Queiroga é o terceiro depoente da CPI da Covid. Antes, os senadores ouviram os esclarecimentos dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. O general Eduardo Pazuello só será ouvido em 19 de maio, uma vez que teve contato com duas pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.