“Não é nepotismo, não faria isso”, diz Bolsonaro sobre Eduardo nos EUA
Na ocasião, o presidente disse que a decisão não depende dele, mas sim de seu filho e do Senado Federal
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) respondeu, nesta sexta-feira (12/07/2019), a acusação de nepotismo por indicar seu filho e deputado, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
“Essa função, ela não é nepotismo, eu jamais faria isso. Ou vocês acham que eu mandaria o Eduardo renunciar ao mandato e voltar para ser agente da Polícia Federal? Com todo o respeito que eu tenho pela instituição”, questionou, durante transmissão ao vivo no Facebook.
Na ocasião, o presidente disse que a decisão não depende dele, mas sim de seu filho e do Senado Federal.
“Isso passa pelo Senado, não passa por mim. Agora, eu fico muito feliz em saber que, se meu filho for sabatinado no Senado, ele vai se sair muitíssimo bem”, completou. O presidente comentou que o ministro das Relações Internacionais, Ernesto Araújo sabe da possibilidade da indicação e apoia Eduardo como embaixador, supostamente pela sua competência. “Não por ser meu filho, mas porque conhece Eduardo desde antes de virar ministro”, argumentou.
Bolsonaro disse que o filho se sairia melhor do que ele, caso ocupasse o mesmo cargo e comentou que, até hoje, interfere na educação de Eduardo.
“Tenho certeza absoluta que o Eduardo Bolsonaro está muito melhor do que eu com sua vivência, formação e educação. Lógico que tenho muito mais experiência. Muitas vezes, quem tem razão sou eu”, comentou.
Em mais uma oportunidade, o chefe do Executivo afirmou que seu filho é indicado para o cargo por falar inglês, espanhol e por ser amigo da família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Ele é deputado federal, é presidente da comissão de Relações Exteriores, está fazendo um bom trabalho. Ele não é um aventureiro, acabou de casar, inclusive. Agora, se vou indicá-lo ou não, vou esperar o momento certo”, finalizou.