“Não é CPI da Covid, é CPI da narrativa”, diz Luciano Hang
Em entrevista ao programa Pânico, empresário declarou que acionou advogados para processar senadores que disseram que ele mente
atualizado
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Durante o programa Pânico, transmitido pela rádio e pelo canal no YouTube da Jovem Pan, o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, comentou seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, no Senado.
Segundo Hang, os parlamentares não estão lá para apurar informações sobre a pandemia do novo coronavírus, mas para defender uma “narrativa”.
“Eu peço para que todos que me seguem: não chamem mais de CPI da Covid. É a CPI da narrativa. Eles estão lá para defender uma narrativa”, afirmou Hang nesta quinta-feira (30/9), um dia após prestar depoimento à comissão.
O empresário avaliou positivamente seu desempenho na oitiva realizada na sessão de quarta-feira (29/9), no Senado. “Eles deram um tiro em cada pé. Devem estar andando de cadeira de rodas hoje”, brincou.
Hang começou o programa frisando que ainda não pode adiantar qualquer informação sobre eventual candidatura a cargo político nas eleições de 2022.
Posteriormente, o empresário acusou senadores de cortarem sua fala e também apontou que vai acionar judicialmente os parlamentares que o chamaram de mentiroso. “Nós acionamos nosso departamento jurídico para cuidar disso”, pontuou.
Apoio a Bolsonaro
Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o empresário disse que já criticou o governo e citou a pandemia. “Eu não defendo só o Bolsonaro. Eu defendo tudo aquilo que é certo”, ressaltou.
O dono da Havan manifestou-se a favor da volta do horário de verão, extinto na gestão Bolsonaro, e argumentou que a medida contribuiria para a recuperação da economia. “Acorda mais cedo, trabalha mais, todo mundo com dinheiro no bolso”, contemporizou.
Hang informou que seu investimento na campanha de Bolsonaro à Presidência foi de R$ 7,5 mil, dentro da lei. “Eu usei, talvez, minha imagem”, afirmou Hang sobre como também apoiou o presidente.
Lava Jato
Durante a entrevista, o empresário ainda defendeu a Operação Lava Jato, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina na Petrobras.
“Eu sou fã da Lava Jato. Eu admiro o trabalho que o Moro fez”, ponderou.
Hang criticou a imprensa profissional, sobretudo as grandes empresas de comunicação, e afirmou que o trabalho jornalístico preza por notícias ruins.
“Eu vejo a imprensa querendo todos os dias sangue. Por que temos que acordar todos os dias de manhã com notícias ruins?”, questionou.
O empresário completou. “Querem que haja hoje uma única verdade. Um monopólio da informação. Depois que inventaram isso aqui [mostra um aparelho celular], acabou o monopólio.”