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“Não é comigo”, diz Cunha sobre esvaziamento de sessão do Congresso

Presidente da Câmara se esquivou de responsabilidade sobre esvaziamento da sessão

atualizado

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Agência Senado/Divulgação
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1 de 1 senado plenário congresso - Foto: Agência Senado/Divulgação

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se esquivou de responsabilidade pelo esvaziamento da sessão do Congresso que apreciaria uma série de vetos presidenciais. “É Congresso. Não é comigo. Não me cabe comentar. A oposição está fazendo o papel dela e a base tem que administrar”, afirmou Cunha, antes de o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também comanda o Senado, encerrar a sessão.

A Câmara repetiu a estratégia do dia anterior e, mais uma vez, esvaziou a sessão do Congresso, adiando novamente a apreciação de vetos presidenciais nesta quarta-feira (7/10). Compareceram apenas 223 dos 513 deputados. Para garantir a votação era necessário um mínimo de 257 deputados. Dos 81 senadores, 68 compareceram. Era preciso 41. A sessão foi encerrada às 13h17. Sete minutos depois, a sessão da Câmara foi aberta registrando presença de 428 deputados.

“Sou o presidente da Câmara, não sou o dono da Câmara. Nem sempre a Câmara faz aquilo que eu desejo. Às vezes os desejos coincidem, o que eu penso e o que eles executam. Mas eu não posso me responsabilizar”, disse.

Cunha afirmou ainda que pela primeira vez interferiu na programação da TV Câmara pedindo que eles não transmitissem o julgamento das contas da presidente Dilma no Tribunal de Contas da União (TCU), como os responsáveis pela TV cogitaram. “Pedi que não fizessem, foi a primeira vez que eu interferi porque estava dando uma conotação política como se eu tivesse determinado que fosse feita uma cobertura”, disse, ressaltando que antes não tinha tomado conhecimento da “cobertura jornalística” que a TV da Casa pretendia fazer. Ontem, em Plenário, o líder do PT, senador Humberto Costa, informou que a TV Câmara iria transmitir o julgamento das contas ao vivo.

“É que tudo que acontece vocês me culpam, se tem sessão eu sou culpado, se não tem eu sou culpado, se fez isso, eu sou culpado. Qualquer coisa eu sou culpado e eu ia ser culpado por isso também.”

Pressão de servidores
Servidores que fazem vigília há vários meses no Congresso para pressionar parlamentares a derrubar o veto presidencial a seu reajuste cercaram o presidente Eduardo Cunha, sob gritos de protesto.

Depois que Cunha concedeu entrevista comentando a suspensão da sessão e reafirmando ser a favor da manutenção do veto, o presidente foi cercado por manifestantes com cartazes que gritavam “Derruba o veto!” e “Derruba a Dilma!”. Protegido por seguranças, Cunha foi conduzido até o elevador privativo da Câmara.

O líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), também favorável à manutenção do veto, foi outro que ouviu gritos. Os manifestantes gritaram “Quem quer ministério?!”, em alusão às sete pastas entregues ao PMDB na reforma ministerial. Picciani foi responsável por duas indicações, as dos ministros da Saúde e da Ciência e Tecnologia.

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