“Nada nos destruirá”, afirma Temer às vésperas de denúncia de Janot
O presidente peemedebista disse também que o Brasil está “na rota da superação” e também blindou seus ministros
atualizado
Compartilhar notícia
Em uma tentativa de agenda positiva na semana em que deve ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer (PMDB) deu um recado durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (26/6). Ele afirmou que seu governo está “na rota da superação e nada o destruirá”.
“O Brasil esta nos trilhos, na rota da superação. Ninguém duvide, nossa agenda de modernização do Brasil é a mais ambiciosa de muito tempo. Tem sido implementada com disciplina, tenacidade, com sentido de missão. Não há plano B. Há de seguir adiante. Nada nos destruirá. Nem a mim, nem aos nossos ministros”, disse o peemedebista.
“A MP agora sancionada é singela, mas lei não precisa ser longa para produzir efeitos”, disse, ressaltando que a medida “promove a justiça social, garante a transparência e protege o consumidor”.
Os dados mais recentes do varejo brasileiro, divulgados em 13 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam situação ainda difícil para o setor. As vendas subiram 1,5% em abril ante março e recuaram 0,4% em relação a abril de 2016. No acumulado de 2017, há queda de 1,8% e, nos 12 meses até abril, baixa de 6,3%.
Ao afirmar que as leis singelas também podem produzir efeitos, Temer disse que leis mais extensas, muito explicativas, podem gerar “uma prisão para o intérprete, que é o Poder Judiciário”. “Nós adotamos muito o hábito hoje de ampliar demais, quando fazemos uma lei ou decreto, e explicitar demasiadamente”, declarou.
Temer disse ainda que sabe que seu governo é transitório e que está fazendo uma transição para quem vem depois “encontrar o país nos trilhos”. “Ninguém duvide da nossa agenda de modernidade”, afirmou.
O presidente não citou a derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na semana passada, e destacou que a modernização trabalhista vai gerar mais emprego e não retira direitos. “Resgatamos a responsabilidade fiscal como pilar da nossa economia”, afirmou, lembrando a PEC que implementou um limite do teto dos gastos públicos.
O presidente lembrou que grande parte “do nosso povo não tem cartão de crédito”, mas que ela promove “a transparência na economia”. Temer citou ainda que medida já era pleito antigo e que tem tido ao longo de seu governo “a satisfação” de estar atendendo a demandas e produzindo pelo país.
“Nem todos entendem bem isso, às vezes as pessoas tomam outros caminhos, mas vamos continuar produzindo pelo país, realizar e fazer.”Temer ressaltou a liberação do FGTS e disse que a medida impulsionou o varejo. Afirmou ainda que com a diferenciação de preço, os lojistas e varejistas terão mais chances de eventualmente reclamar com operadoras de cartão. “A MP de hoje é só mais um passo no caminho de um Brasil mais moderno”, afirmou.