Na tribuna, Kajuru chama Pacheco de “office boy de luxo com dois patrões”
Parlamentar afirmou que eleger Pacheco para o lugar de Davi Alcolumbre no comando do Senado é “trocar seis por meia dúzia”
atualizado
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Candidato à presidência do Senado Federal “para marcar posição”, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) usou seus 15 minutos na tribuna para anunciar que retiraria sua candidatura ao pleito, em “solidariedade” à senadora Simone Tebet (MDB-MS), que também concorre. A Casa vota, na tarde desta segunda-feira (1º/2), para eleger seu 68º presidente.
Kajuru usou sua fala para criticar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que vive seus últimos momentos na presidência. O senador goiano afirmou que o presidente da Casa encerra seu mandato de forma “melancólica”, e que sua gestão o faz “ter saudades de Renan Calheiros nos tempos da capitania hereditária nesse Senado”.
Alcolumbre foi chamado por Kajuru de “engavetador de processos e projetos”. “Pedidos de impeachment, processos ousados como fim da reeleição, taxação das grandes fortunas, todos foram deixados de lado [por Davi Alcolumbre]. E não é verdade que durante a pandemia essa casa só discutiu saúde. Ela discutiu projeto de quem tinha interesse, interesse literalmente”, criticou.
O senador ainda reafirmou seu apoio a Simone Tebet (MDB-MS) e disse que eleger Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o lugar de Davi Alcolumbre (DEM-AP) é “trocar seis por meia dúzia”.
Nas palavras do próprio parlamentar, Pacheco será “office boy de luxo, com dois patrões”. Kajuru se refere ao presidente da Casa e a Jair Bolsonaro (sem partido), chefe do Executivo da República, que declarou apoio ao senador mineiro na disputa.