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Na Lava Jato, PF indicia ex-ministro Gilberto Kassab por corrupção

Renato Kassab, irmão de Gilberto, e Flavio Castelli Chuery, ex-tesoureiro do PSD Nacional, também foram indiciados

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Atual presidente do PSD, Gilberto Kassab
1 de 1 Atual presidente do PSD, Gilberto Kassab - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta segunda-feira (22/2), o ex-prefeito de São Paulo (SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia e atual presidente do PSD, Gilberto Kassab, por corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A ação é resultado de investigação no âmbito da operação Lava Jato iniciada a partir das delações premiadas de acionistas e executivos do Grupo J&F. As penas variam de 3 a 12 anos de prisão.

Além de Gilberto Kassab, a Polícia Federal informou também ter indiciado o irmão dele, Renato Kassab, e o ex-tesoureiro do PSD Nacional, Flavio Castelli Chuery, apontado como o intermediário do ex-ministro da Ciência.

“Além da colaboração premiada, foram realizadas diversas outras diligências, dentre elas: quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e das empresas por eles utilizadas, análise de material em sede de busca e apreensão, análise conversas por aplicativos de mensagens e a oitiva de testemunhas e de outras pessoas relacionadas aos fatos”, esclareceu a PF, em nota.

O inquérito policial foi entregue com o Relatório à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo para as providências cabíveis.

Procurada, a defesa de Gilberto Kassab informou que já apresentou “farta documentação que demonstra, de forma cabal e inequívoca, que houve a real e efetiva prestação dos serviços, com valores adequados e compatíveis com os praticados no mercado, executados mediante relação contratual entre empresas privadas”.

“Os valores foram regularmente recebidos em decorrência de uma atividade empresarial lícita que não guarda relação com eventuais funções públicas, nem com atividade político partidária exercidas”, prosseguiu.

A defesa destacou também que os contratos, lícitos e regulares, foram celebrados nos anos de 2013 e 2014, período em que o ex-prefeito estava na iniciativa privada e não ocupava cargo público, e que ele se afastou do quadro societário antes de voltar a assumir cargos públicos em 2015, não tendo recebido quaisquer valores relacionados a esses contratos após meados de 2014.

“Todas as doações recebidas pelo PSD seguiram a legislação vigente à época e o posicionamento do partido nas eleições de 2014 foi definido em convenção, com votação dos membros de sua Executiva Nacional. O ex-prefeito reafirma a lisura de seus atos e sua total confiança na Justiça e no Ministério Público, com a certeza de que restará comprovada a correção de todos os atos apurados”, finalizou.

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