Na CPI, pesquisadora sugere plano de reparação às vítimas da Covid-19
Diretora-executiva da Anistia Internacional recomendou também memorial da vítimas e o fortalecimento do SUS para lidar com novas epidemias
atualizado
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A diretora-executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, recomendou, nesta quinta-feira (24/6), à CPI da Covid, a criação de um memorial a vítimas da Covid-19 e a criação de um plano de responsabilização e reparação.
A pesquisadora sugeriu a criação de um memorial para as vidas perdidas para a Covid-19. “São mais de meio milhão de mortos e a gente precisa viver como coletividade, brasileiros, viver os rituais, processos de lutos. Não temos tempo para chorar os nossos mortos”, disse.
Ela defendeu também um plano de responsabilização e reparação. “Responsabilização daqueles que deixaram de fazer o que era necessário, daqueles que deixaram de cumprir o seu dever e também de reparação individual às famílias e coletiva. A sociedade precisa encontrar forma de reparar os danos causados pelo descontrole da pandemia”, acrescentou.
A diretora-executiva da Anistia Internacional sugeriu que o Legislativo lidere uma frente nacional de combate à Covid-19, com os demais poderes e sociedade civil, e frisou a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) para lidar com futuros desafios epidemiológicos. “Outras epidemias virão”, afirmou.
Antes, Jurema Werneck apresentou um estudo no qual dizia que cerca de 120 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil se uma política efetiva de controle baseada em ações não farmacológicas tivesse sido implementada.
A audiência pública conta, também, com a participação do ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal. O encontro é para debater a condução da pandemia de Covid-19 no Brasil.