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Na CPI, Aziz critica “modus operandi” de reverendo: “Estamos lascados”

Presidente da CPI irritou-se com a postura do reverendo que negociou vacinas em nome do governo, pois estaria “com enrolação” no depoimento

atualizado

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Senador Omar Aziz, presidente da CPI
1 de 1 Senador Omar Aziz, presidente da CPI - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em meio às inconsistências no depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula à CPI da Covid-19, nesta terça-feira (3/8), o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), passou-lhe um “sermão” e aproveitou para alfinetar o governo Bolsonaro.

Aziz perguntou ao reverendo se ele conhecia o Salmo 101, versículo 7, e, diante do desconhecimento de Amilton, o parlamentar leu a passagem bíblica: “Quem pratica fraude não habitará no meu santuário; o mentiroso não permanecerá na minha presença”.

“O seu depoimento aqui é a cara desse governo: se toda negociação tem esse modus operandi, estamos lascado nesse Brasil”, declarou Aziz.

O presidente da CPI criticou a postura do reverendo, que estaria de “enrolação”, pois afirma não se lembrar de algumas coisas e pessoas em determinadas situações, mas se contradiz.

Durante o depoimento, Amilton de Paula chorou e disse estar arrependido. Aziz, todavia, destacou que o reverendo não tem colaborado com “a verdade”. “Não basta se arrepender e continuar fazendo”, alfinetou.

O reverendo disse não ter contato ou influência no governo federal, mas conseguiu uma reunião com a cúpula do Ministério da Saúde quatro horas após o pedido. Apesar de assegurar desconhecer qualquer membro do governo, Amilton disse que já foi filiado ao PSL e que trabalhou na campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018.

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Reverendo Amilton diz que negociou vacinas: “Nos usaram de maneira ardilosa”
Sessão da CPI da Covid-19
O reverendo Amilton de Paula é ouvido na CPI da Covid
Reverendo Amilton de Paula na CPI da Covid
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues
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Reverendo Amilton conversa com advogado na CPI

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Reverendo Amilton diz que negociou vacinas: “Nos usaram de maneira ardilosa”

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Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues

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Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros

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Amilton de Paula, que fundou a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), uma organização sem fins lucrativos (ONG), teria sido autorizado pelo Ministério da Saúde a negociar vacinas da AstraZeneca em nome do governo brasileiro.

O reverendo também é apontado como intermediário das tratativas entre o Ministério da Saúde e a Davati Medical Supply, que ofertou doses de vacinas ao governo federal.

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