Na Câmara, oposição vê abuso na prisão de Mantega
Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que foi ministra do governo Dilma Rousseff, a medida “revela perseguições” e abuso de prisões preventivas
atualizado
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Com a presença de apenas quatro deputados na Câmara, segundo registro da Mesa Diretora da Casa, os parlamentares recorreram às redes sociais para comentar a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na manhã desta quinta-feira (22/9).
Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que foi ministra do governo Dilma Rousseff, a medida “revela perseguições” e abuso de prisões preventivas.“Mantega foi preso no hospital, onde esperava esposa sair de cirurgia. Deixou o filho ali sozinho. Que risco oferece? Espetáculo deplorável. A prisão de Mantega no hospital é uma arbitrariedade. O estado coagindo, e não investigando”, disse Maria do Rosário em sua página no Twitter.
A prisão de Mantega no hospital é uma arbitrariedade. Abuso de prisões preventivas revela perseguições. O estado coagindo e ñ investigando.
— Maria do Rosario (@mariadorosario) 22 de setembro de 2016
Filho só em casa, esposa no hospital. Mantega ñ iria abandonar a família e sumir e ñ é risco p nada. Pq prisão? https://t.co/JDbEdb7i1u
— Maria do Rosario (@mariadorosario) 22 de setembro de 2016
Paulo Pimenta (PT-RS) também mostrou-se indignado em postagem na mesma rede social. “Prender alguém no hospital, no momento [em] que acompanha a cirurgia da esposa com câncer, é covardia. Não oferece risco, não tinha necessidade”, afirmou Pimenta.
Também ex-ministro [do Esporte] dos governos Lula e Dilma, o deputado Orlando Silva (PCdoB), disse que não há motivos para que a prisão tenha sido feita da maneira como ocorreu. “O ex-ministro do Fazenda Guido Mantega tem endereço conhecido. Acionado, já colaborou com a Justiça. Prender no hospital parece abuso. Para quem o conhece, é chocante!”, afirmou.
Guido Mantega tem endereço conhecido. Acionado, já colaborou com a Justiça. Prender no hospital parece abuso. Pra quem o conhece é chocante!
— Orlando Silva (@orlandosilva) 22 de setembro de 2016
Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), existe perseguição política e não há prova. Segundo Florence, o partido questiona fundamentos e condições em que a prisão ocorreu. “É mais um episódio de ação contra petistas e a espetacularização da ação da polícia.”