Mulher de Eduardo Bolsonaro: “Movimento antivacina é coisa de retardado”
Heloísa Bolsonaro confirmou que filha, Geórgia, toma todas as vacinas e que não sabia que havia um movimento contra os imunizantes
atualizado
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Mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e nora do presidente Jair Bolsonaro, Heloísa Bolsonaro usou uma rede social para dizer que sua filha, Geórgia, com pouco mais de 1 mês, toma todas as vacinas recomendadas para cada fase. Ela disse não ter conhecimento sobre a existência de um movimento antivacina no país e criticou: “Só pode ser coisa de retardado”.
“Geórgia toma e tomará todas as vacinas para cada fase. Não sabia que existia um movimento antivacina, mas agora sabendo, só pode ser coisa de retardado”, escreveu.
Ela ainda aconselhou outros pais a fazerem o mesmo: “Depois, quando o filho tiver uma doença, quero ver ele agradecer aos pais por terem poupado ele da dor do ‘pic’. Pqp, né? Por essas e outras a gente vê a volta de doenças antes erradicadas”, disse Heloísa, em resposta a um internauta que perguntou se a neta do presidente da República estava com a vacinação em dia.
Tanto Eduardo quanto o presidente colocam-se contrários à obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19, rivalizando c0m o governador de São Paulo, João Doria, que pretendia tornar a a imunização obrigatória no estado, assim que a vacina for liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cabe ao Ministério da Saúde, hoje comandado pelo general Eduardo Pazuello, determinar quais imunizantes são obrigatórios no Brasil, mas Bolsonaro já avisou que não aceita essa obrigatoriedade e deixou explícita essa posição na reunião do G20.
A posição de Bolsonaro preocupa profissionais da saúde pelo risco de menosprezar a importância das imunizações e de incentivar movimentos antivacina.
Embora não se oponha diretamente à imunização, mas contra a obrigatoriedade de brasileiros de tomarem o imunizante, a postura do presidente rivaliza com uma norma sancionada por ele próprio, que indica que o governo poderá adotar a “determinação de realização compulsória” de exames, testes, coletas laboratoriais e vacinação.
O texto foi assinado pelos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro, e pelo próprio presidente da República.
A postura do presidente também atenta contra o fato de que, no Brasil, certas vacinas já são obrigatórias desde 1975, quando o país criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A medida consolidou o país como referência mundial em saúde pública.