Mulher de Daniel Silveira é exonerada de cargo no Jardim Botânico
Paola da Silva Daniel foi nomeada em outubro do ano passado. Exoneração ocorreu após descoberta de que advogada ganhou auxílio emergencial
atualizado
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A advogada Paola da Silva Daniel, mulher do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), preso desde a noite de 16 de fevereiro após ter ameaçado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foi exonerada do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Paola estava como coordenadora de Gestão de Pessoas da diretoria da pasta desde outubro do ano passado.
A exoneração dela foi publicada na segunda-feira (1º/3), no Diário Oficial da União (DOU). A portaria (leia aqui) é assinada pela presidente do instituto, Ana Lúcia de Souza Santoro.
A exoneração da comissionada ocorreu após o jornal O Globo ter revelado que Paola recebeu parcelas do auxílio emergencial, mesmo enquanto servidora pública.
A advogada teria ganhado sete parcelas do benefício, destinado a famílias de baixa renda atingidas pela crise da pandemia de Covid-19. No total, foram R$ 3,6 mil.
Nesta semana, em vídeo enviado a amigos, Paola contou ter solicitado o benefício quando não morava com o parlamentar, nem trabalhava. Explicou que, quando foi nomeada, pensou em solicitar a suspensão do auxílio, no entanto, considerou o processo muito burocrático: “Cancelar era bem complicadinho”.
A advogada afirmou que teria perguntado a alguém sobre a legalidade dos pagamentos. E essa pessoa teria dito a ela: “Fica tranquila, se você recebeu a última parcela é porque você tem direito. Senão, o governo já teria cortado o seu benefício”.
“Tive essa informação e fiquei tranquila”, completou.