metropoles.com

MPRJ: Flávio relatou lucro 82% maior do que declarou à Receita

Promotores suspeitam que o filho “01” do presidente Jair Bolsonaro tenha injetado recursos ilícitos na loja e em compra de imóveis

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 06/11/2018 Senador Flavio BolsonaroLocal: Brasilia Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 06/11/2018 Senador Flavio BolsonaroLocal: Brasilia Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre as atividades financeiras do senador Flávio Bolsonaro (sem partido) indicam que, além de receber quase o dobro dos lucros da Bolsotini Chocolates e Café em relação a seu sócio, Alexandre Santini, ele declarou uma retirada de valores 82% acima do que a empresa relatou à Receita Federal. As informações são de O Globo.

Flávio disse ter retirado R$ 793,4 mil de receita nos três primeiros anos de atividade da loja de chocolates, inaugurada em 2015, segundo o MPRJ. Só que a própria Bolsotini informou, em declarações de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS) relativas ao Simples Nacional, que o senador obteve, na verdade, R$ 435,6 mil no período. Segundo o MP, a Bolsotini não apresentou declaração de Imposto de Renda na mesma época.

A investigação também aponta divergências nas retiradas de Santini, responsável por metade da sociedade com Flávio. De acordo com os documentos, Santini declarou lucros de R$ 288,9 mil, valor mais de R$ 24 mil abaixo da transferência que a Bolsotini informou à Receita Federal.

Sem aportes
Considerando os valores efetivamente retirados pelos dois sócios, o MP conclui que Flávio obteve quase R$ 500 mil a mais do que Santini nos três anos iniciais de atividade da loja. O valor equivale à cota de participação que deveria ter sido paga por Santini na empresa. Por outro lado, o MP não identificou aportes do sócio de Flávio até o fim de 2018.

Os investigadores citam a “inexplicável desproporção na distribuição de lucros” da Bolsotini, “associada à coincidência do valor da diferença paga” a Flávio Bolsonaro em relação a seu sócio, para reforçar a suspeita de que Santini “possa ter figurado inicialmente nos contratos como ‘laranja’”.

O MP aponta que o dinheiro da “rachadinha” – quando os funcionários são coagidos a devolver parte do salário ao parlamentar – foi lavado na loja de Flávio e em transação de imóveis. Ao todo, os promotores suspeitam que o filho “01” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha injetado recursos ilícitos não declarados no total de R$ 2,27 milhões nesses dois meios.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?