MPF vai investigar joalherias por participação em lavagem de dinheiro
Joalherias que venderam para o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e para a esposa dele, Adriana Ancelmo, serão investigadas
atualizado
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As joalherias nas quais o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), sua esposa, Adriana Ancelmo, e colaboradores compraram grande quantidade de joias de alto valor serão investigadas por participação ou conivência com o crime de lavagem de dinheiro, afirmou nesta quarta-feira, 7, o procurador da República José Augusto Vagos.
Vagos lembrou que a venda das joias sem nota fiscal, como já foi comprovado, implica crime tributário, mas, pela lei, “se o sonegador pagar o tributo, ele fica impune”. “O Brasil é um dos únicos países em que isso é possível”, disse Vagos, em entrevista coletiva que iniciada na manhã desta quarta na sede do MPF do Rio.
Segundo o procurador da República Eduardo El-Hage, também seguem as investigações sobre a prestação de serviços do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo para o grupo EBX, holding do empresário Eike Batista. Por enquanto, não há elementos para incluir Eike na denúncia. Segundo El-Hage, Eike prestou depoimento e apresentou “início de documentação que daria suporte” à existência dos serviços prestados.
Ainda conforme o procurador, Eike alegou que, na época em que contratou o escritório, o ex-marido de Adriana, Sérgio Coelho, era sócio da banca. Assim, o fato de a Polícia Federal não ter encontrado documentos sobre os serviços prestados no escritório de Adriana poderia ter a ver com a “cisão” da sociedade. “A investigação não está finalizada”, disse El-Hage.