MPF é acionado para investigar suposta “incitação à violência” de Lula
Rubinho Nunes e Guto Zacarias acusam ex-presidente de promover discurso de ódio ao agradecer petista que empurrou homem contra caminhão
atualizado
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Os pré-candidato a deputado federal por São Paulo Rubinho Nunes (União) apresentou uma representação à Procuradoria-Geral Eleitoral, vinculada ao Ministério Público Federal (MPF), contra o ex-presidente Lula (PT) por discurso de ódio e a incitação à violência. A peça também é assinada pelo pré-candidato a deputado estadual e Guto Zacarias (União).
No processo, os membros do Movimento Brasil Livre (MBL) se referem ao episódio em que o pré-candidato petista agradeceu ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, também conhecido como Maninho do PT, que já foi preso por tentativa de homicídio, após agredir o empresário Carlos Alberto Bettoni.
Bettoni foi agredido em frente ao Instituto Lula, zona sul de São Paulo, em abril de 2018, quando o então juiz federal Sergio Moro expediu mandado de prisão contra Lula. Após ser empurrado, o empresário bateu a cabeça em um caminhão e ficou desacordado. Maninho do PT foi preso por tentativa de homicídio.
Em discurso feito em Diadema (SP) no último dia 9, Lula disse: “Então, Maninho, eu quero, em teu nome, agradecer a toda a solidariedade do povo de Diadema. Porque foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa batalha”.
Na peça, os autores defendem que “fica nítido o caráter benevolente com que o representado trata a tentativa de homicídio perpetrada por seu companheiro de partido”. “É inegável que tal conduta tem o condão de incentivar a prática de violência contra seus opositores políticos”, acrescentam na representação.
“Ao agradecer Maninho por ter tentado matar um opositor que se manifestava pacificamente, Lula naturaliza o ódio, desrespeita a família da vítima e incentiva a violência como meio hábil à resolução de disputas políticas”, prossegue.
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