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Mourão sobre Universal em Angola: “Governo não podia cruzar os braços”

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 99 brasileiros foram deportados de Angola, dos quais 58 são missionários da IURD

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Romério Cunha/VPR
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1 de 1 imagem colorida do Vice-Presidente da República Hamilton Mourão - Foto: Romério Cunha/VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta terça-feira (20/7) que o governo não podia cruzar os braços diante das tensões envolvendo a Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. A crise já levou à suspensão da direção de origem brasileira e criou uma tensão política entre os dois países.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, 99 brasileiros foram deportados do país africano, dos quais 58 são missionários da Universal.

Ao deixar o gabinete, na noite desta terça, Mourão foi questionado sobre o tema e disse que a questão “está sendo negociada” com a embaixada brasileira e o Ministério das Relações Exteriores angolano.

Segundo o vice, “por enquanto, não há nenhuma resposta a respeito”. Mourão afirmou ter sido orientado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a tratar do assunto com o governo angolano durante sua viagem ao país, na semana passada.

“Na orientação que eu recebi, de maneira geral, era para conversar também sobre esse assunto, né? Você pega o seguinte: 99 brasileiros foram expulsos do país angolano. Isso não é uma coisa simples, né? Então a gente tem que conversar sempre a respeito, né? Imagina se 99 jornalistas fossem expulsos de um país. O governo aqui ia cruzar os braços? Não. É a mesma coisa”, disse o vice-presidente.

Improbidade administrativa

Nesta terça, o deputado Ivan Valente (PSol-SP) anunciou que vai entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) e na Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar suposto crime de improbidade administrativa na viagem de Mourão a Angola.

A lei diz que o crime de improbidade administrativa ocorre quando o agente público age, no exercício do cargo, contra o interesse público.

Segundo Valente, a ação vai questionar o uso de dinheiro público para atender interesses privados e solicitar informações sobre os custos dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e como as hospedagens foram bancadas em Angola.

Questionado sobre o assunto, Mourão disse que “não vê problema nenhum” na representação movida pelo deputado, “até porque não há nenhuma improbidade administrativa”, disse o vice.

“Está sendo colocado um dado extremamente errado porque o objetivo da viagem [a Angola] era participar da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em reuniões bilaterais com diversos países, entre eles, Angola, outros assuntos foram tratados, como é normal em viagens dessa natureza. Então o deputado Ivan Valente é useiro e vezeiro em atitude dessa natureza”, declarou Mourão.

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