Mourão sobre Pazuello: “Tem que evitar que a anarquia se instaure”
Ex-ministro da Saúde tem que apresentar nesta quinta-feira (27/5) sua defesa por ter comparecido a ato pró-Bolsonaro no domingo (23/5)
atualizado
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Ao comentar a presença do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato pró-Bolsonaro no último domingo (23/5), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que a regra do Exército deve ser aplicada a fim de “evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças”.
O ex-ministro da Saúde precisa apresentar nesta quinta-feira (27/5) sua defesa por ter comparecido a ato pró-Bolsonaro no Rio de Janeiro.
“A regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças. Porque assim como tem gente que é simpática ao governo, tem gente que não é. Então, cada um tem que permanecer dentro da linha que as Forças Armadas têm que adotar”, apontou Mourão.
E seguiu: “As Forças Armadas são apartidárias, elas não têm partido, o partido das Forças Armadas é o Brasil”, disse, ao deixar seu gabinete na Vice-Presidência.
Questionado sobre a possibilidade de renúncia do comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira em razão do episódio, Mourão tergiversou.
“O Exército vai seguir os trâmites previstos no Regulamento. E se o comandante chegar à conclusão de que deve aplicar uma punição ao Pazuello, ele vai aplicar”, disse o vice.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, há um receio entre generais de que a tentativa de blindagem de Pazuello pelo Palácio do Planalto leve à renúncia do comandante do Exército.
O general Eduardo Pazuello discursou em defesa do governo do alto de um carro de som no último domingo (23/5), no Rio. Algo proibido a um militar da ativa pelo Regulamento Disciplinar do Exército.
Segundo o colunista do Metrópoles Ricardo Noblat, Pazuello será punido apenas com uma advertência. As outras punições previstas no regulamento são: censura, suspensão e até 30 dias de cadeia. Do fim da ditadura militar de 64 para cá, nenhum general foi preso.