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Mourão sobre desaparecidos: “Entraram numa área perigosa sem avisar”

Os dois desapareceram há mais de uma semana, quando iam para Atalaia do Norte, no Amazonas

atualizado

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Bruno Batista/ VPR
Mourão na Amazônia
1 de 1 Mourão na Amazônia - Foto: Bruno Batista/ VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) comentou, na manhã desta segunda-feira (13/6), o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Os dois desapareceram há mais de uma semana, quando iam para Atalaia do Norte, no Amazonas.

Segundo o general, que já atuou na região, a área é “inóspita e extremamente perigosa”. Para Mourão, Dom e Bruno deveriam “ter avisado” ou “pedido escolta” para transitar no local.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

Divulgação/Funai
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

Adam Mol/Funai/Reprodução
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução
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PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimento

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Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestre

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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais

“É um caso de polícia, né? É uma região inóspita, afastada de tudo, na fronteira com o Peru. Do lado peruano, uma série de ilegalidades acontece […] do nosso lado, também. As duas pessoas entram numa área que é perigosa, sem pedir uma escolta, sem avisar efetivamente as autoridades competentes e, passam a correr risco, né Lamentavelmente, é isso aí”, disse Mourão.

Questionado pela reportagem sobre o tempo de buscas, o general afirmou que está torcendo para que Dom e Bruno sejam “encontrados com vida”.

“Vamos torcer pra que eles estejam com vida ou estejam sido simplesmente aprisionados, seja lá o que for, ou tenham conseguido se evadir das pessoas que estavam tentando fazer algum dano a eles e estão vagando por dentro da selva”, disse.

No domingo (13/6), sexto dia de buscas pelo indigenista e pelo jornalista, a Polícia Federal que os objetos encontrados pelo Corpo de Bombeiros, em Atalaia do Norte (AM), Vale do Javari, região onde foram vistos pela última vez, eram de Bruno.

Foram encontrados amarrados em uma árvore submersa no igapó – pedaço da floresta inundado pela água – uma mochila preta (com objetos no interior) pertencente a Bruno; 2 pares de botas (de tamanhos diferentes), reconhecidos como sendo dos dois; 1 calça preta tática, de Bruno; 1 cartão de saúde com o nome completo do indigenista; 1 chinelo preto da marca havaiana, também de Bruno, e uma lona preta que estava na embarcação. Os materiais foram entregues à Polícia Federal (PF) para perícia.

Repercussão internacional

O desaparecimento dos dois ganhou repercussão internacional. Dom e Bruno se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia fazer algumas entrevistas com integrantes da comunidade que residem no local.

Phillips está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Além do Guardian, Phillips já publicou trabalhos em agências internacionais de notícias e em veículos como Financial Times, New York Times e Washington Post.

Desde o último dia 6, equipes da Marinha do Brasil, da Polícia Federal, da Polícia Militar do Amazonas e da Força Nacional participam das buscas ao jornalista e ao indigenista.

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