Mourão sobre arquivamento do caso Pazuello: “Segue o baile”
O Exército Brasileiro anunciou, na quinta-feira (3/6), ter decidido não punir o general Eduardo Pazuello por discursar em ato político
atualizado
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Na manhã desta segunda-feira (7/6), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o arquivamento do processo disciplinar do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é “página virada”. O general era alvo de um procedimento administrativo do Exército, por discursar em ato político, o que é vetado a militares da ativa.
“Já dei minha opinião como aquele estado entre a dúvida e a certeza, que vocês sabem disso. Eu não comento a decisão e, por disciplina intelectual, esse assunto é página virada e segue o baile”, disse o general na chegada ao Palácio do Planalto.
Mourão, que disse não comentar a situação de Pazuello por também poder incorrer em um processo disciplinar, chegou a apontar possíveis sanções. Na quarta-feira (2/6), ele chegou a afirmar que existe uma “linha tênue” entre o exercício da política e da vida militar, que não pode ser ultrapassada.
“O Pazuello é um militar da ativa, então, ele tem que se cuidar. Quem está no governo tem que entender que há uma linha tênue que separa o exercício da função e o exercício da política. É uma linha tênue que ele não pode transpor”, disse Mourão em uma entrevista à Rádio Gaúcha.
O general da reserva também deu a entender que acreditava no julgamento do comandante do Exército Brasileiro, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para solucionar o caso.
Na quinta-feira (3/6), no entanto, o comandante decidiu não punir o general Pazuello.
“Acerca da participação do General de Divisão Eduardo Pazuello em evento realizado na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”, comunicou Oliveira na nota.