Mourão sobre 2022: “Não vejo nome que empolgue eleitorado para 3ª via”
Atualmente, cenário político tem ao menos cinco presidenciáveis, além do presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta segunda-feira (26/4), que, até o momento, não há um nome com força nacional para disputar o pleito de 2022 como uma “terceira via”. A declaração foi feita durante entrevista ao jornal Valor Econômico.
“A terceira via, para surgir, teria que se valer da união dos partidos de centro, centro-direita, centro-esquerda, que largassem de lado, cada um, as suas vaidades e se unissem em torno de um nome factível”, declarou Mourão.
Ele afirmou que esse nome deve “empolgar o eleitorado” e “ser capaz de levar adiante todas as reformas que precisam ser feitas no país”.
Atualmente, o cenário político tem ao menos cinco presidenciáveis, além do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). São eles: Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite (PSDB), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e Luciano Huck (sem partido).
Chapa 2022 e candidatura ao Senado
Na entrevista, o vice-presidente também disse que o presidente Jair Bolsonaro deve escolher outro nome para compor a chapa de reeleição em 2022.
Em dois anos de governo, o capitão reformado do Exército e o general têm tido algumas posições diferentes, o que, segundo interlocutores, não agrada o chefe do Executivo.
Com a volta de Lula ao cenário político, Bolsonaro busca um nome forte para tentar a reeleição no ano que vem. Segundo Mourão, no entanto, o presidente não tratou do assunto com ele.
“Bolsonaro vai escolher outra pessoa para acompanhá-lo para a reeleição. O que tenho visto [nas] declarações de Bolsonaro é que ele precisaria de outra pessoa no meu lugar, mas ele nunca disse isso para mim”, disse Mourão durante entrevista ao jornal Valor Econômico.
Segundo o vice, a intenção é de que, no próximo ano, ele concorra a uma vaga no Senado Federal pelo Rio Grande do Sul.
“Se abrir a possibilidade, vejo que disputar a cadeira ao Senado estaria mais ao encontro da maneira como sou, como atuo”.
Mourão afirmou que, caso a candidatura de fato ocorra, “a princípio” deve ser feita pelo PRTB. Ele afirmou, no entanto, que vai esperar para ver se o partido terá alguma reestruturação, sobretudo depois da morte do fundador da sigla, Levy Fidelix, na última semana.