Mourão: receber líderes “é gesto de aproximação do presidente”
Para vice-presidente, Bolsonaro tenta se aproximar do Congresso após críticas em relação à falta de articulação do Planalto pró-Previdência
atualizado
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O presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou na noite desta quarta-feira (3/4) que o início das reuniões com líderes partidários é um “gesto de aproximação” de Jair Bolsonaro (PSL), após as críticas em relação à falta de articulação do Planalto com o Congresso em torno da aprovação da reforma da Previdência.
Mourão, que assumiu a chefia do Executivo até o retorno de Bolsonaro de Israel, também afirmou que a ida do ministro Paulo Guedes (Economia) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara é importante no início da discussão e reclamou da postura da oposição. Ele disse ter acompanhado, de seu gabinete no Planalto, apenas parcialmente o início da reunião do colegiado com Guedes.
“É óbvio que o pessoal da oposição chega a ser até meio rudes às vezes, quando rebatem os argumentos do ministro, mas eu acho que pelo menos ele compareceu. Está respondendo as perguntas que estão sendo feitas e vai ter muita discussão ainda”, disse o general.
Reclamações
Após diversos atritos com o Congresso, incluindo uma guerra de declarações com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro decidiu receber presidentes de alguns partidos para conversar no Palácio do Planalto após regressar da viagem oficial a Jerusalém. Já nesta quinta-feira (4/4), deve receber os presidentes do DEM, PP, PRB, PSD, PSDB e MDB em seu gabinete.
O presidente em exercício também havia dito mais cedo que o governo poderá abrir espaços para os partidos da base em ministérios e em órgãos federais em troca dos votos pró-reforma. Segundo o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), atualmente o Planalto só tem os votos do próprio partido do presidente para aprovar as mudanças nas aposentadorias dos brasileiros.
Mourão recebeu Bolsonaro na Base Aérea de Brasília por volta das 20h45, horário de pouso do avião com a comitiva presidencial. A chegada estava prevista inicialmente para as 18h, mas o voo atrasou devido às condições climáticas enfrentadas na viagem de volta, segundo a Secretaria de Comunicação (Secom) do Planalto.