Mourão quer discutir CPMF: “Não é porque presidente é contra que não pode”
Bolsonaro já disse ser contrário à recriação do tributo. Vice-presidente defende que assunto seja debatido no Congresso
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu nesta segunda-feira (13/7) que o Congresso Nacional discuta a criação de um imposto sobre transações financeiras, como a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já disse ser contrário à CPMF e negou que o tributo será recriado em seu governo, mas, segundo Mourão, “não é porque o presidente é contra que não pode ser discutido”.
“Existe preconceito em relação ao imposto sobre transações financeiras. Face ao passado da CPMF, muita gente é contra, mas tem gente no Congresso que é a favor. E qual é o lugar para discutir isso? É o Congresso, né? Façam consulta pública, chamem os principais tributaristas, debatam e tomem uma decisão”, declarou o vice-presidente.
A CPMF foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde – a alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação.
Questionado se avalia que o Brasil precisa de um novo imposto sobre transações financeiras, Mourão disse que não tem uma conclusão sobre o assunto, mas que o debate é necessário.
“Eu não tenho uma ideia fixa ainda a este respeito, não cheguei a uma conclusão se é o melhor ou pior. Mas isso tem que ser discutido”, afirmou.