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Mourão: Moraes deve ter visto indícios fortes ao autorizar Akuanduba

Ministro Ricardo Salles é o foco da Operação Akuanduba da Polícia Federal que apura suposto esquema de crime ambiental

atualizado

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Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão na gravação do programa “Por Dentro da Amazônia”. Foto: Romério Cunha/VPR
Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão na gravação do programa “Por Dentro da Amazônia”.  Foto: Romério Cunha/VPR
1 de 1 Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão na gravação do programa “Por Dentro da Amazônia”. Foto: Romério Cunha/VPR - Foto: Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão na gravação do programa “Por Dentro da Amazônia”. Foto: Romério Cunha/VPR

O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia (Cnal), Hamilton Mourão (PRTB), afirmou, na manhã desta quinta-feira (20/5), que, para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve ter visto “indícios fortes” para autorizar a Operação Akuanduba.

“Toda história tem dois lados. Por isso, tem que fazer uma investigação policial, não se pode condenar a priori. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao autorizar isso, provavelmente reconheceu que existem indícios fortes. Se não, ele não teria autorizado. Vamos aguardar o desenrolar disso aí”, disse o general.

Polícia Federal deflagrou, na manhã de quarta-feira (19/5), a Operação Akuanduba, para investigar crimes contra a administração pública. Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, estão entre os alvos da operação. Bim foi afastado do cargo.

Questionado se via a necessidade da substituição do chefe da pasta do Meio Ambiente, Mourão disse que é uma decisão que fica a cargo do presidente. “O ministro conversou com o presidente, o presidente deve ter considerado as razões que ele apresentou e aguarda o desenrolar da investigação”, sugeriu.

Mourão também disse não saber de onde veio a denúncia que precedeu a operação. Ele acredita que a possibilidade maior é de ter partido dos Estados Unidos.

“Eu não sei qual é a origem efetiva dessa denúncia, se veio via alguma empresa norte-americana, ou via governo – acredito que não [via governo], porque o governo não faz denúncia dessa maneira. Alguma empresa que tem negócios aqui no Brasil que apresentou alguma denúncia, com algumas irregularidades, que têm que ser investigadas”, disse Mourão.

Conselho Nacional da Amazônia Legal

O general também buscou desvincular os efeitos da Operação Akuanduba com o Conselho Nacional da Amazônia Legal, ao qual preside. O órgão trabalha em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente no combate ao desmatamento ilegal na região amazônica.

“O trabalho no conselho é de coordenação e integração, exige cooperação de todos os entes. Não é um trabalho simples, é um esforço que eu faço o tempo todo, procurando fazer as pessoas estarem juntas, entenderem qual é o objetivo, responsabilidade que nós temos”, disse.

“É o normal o que estamos fazendo no conselho, sem querer ter nenhum tipo de protagonismo. Nós teríamos que resolver a questão e deixar claro o compromisso do Brasil em relação aos nossos objetivos na área do meio-ambiente”, salientou.

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