Mourão diz que vetaria aumento do Fundo Eleitoral
Texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias prevê o valor de R$ 5,7 bilhões para as verbas destinadas ao financiamento eleitoral em 2022
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRBT) disse, na tarde desta segunda-feira (19/7), que se fosse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetaria o aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões no repasse de recursos ao Fundo Eleitoral, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“Acho que tá exagerado. É um valor exagerado principalmente quando há pouco tivemos uma situação difícil no governo, fazer um recall de R$ 1 bilhão para que as obras não parassem. Então, você tem uma gordura de uns R$ 3 bilhões que poderiam ser melhor empregados”, disse o general.
Bolsonaro responsabilizou, nesse domingo (18/7), o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), pela aprovação do fundo eleitoral.
“O responsável por aprovar isso aí é o Marcelo Ramos, lá do Amazonas, o [vice] presidente [da Câmara]”, disse o mandatário do país. “O Marcelo Ramos que fez isso tudo. Se tivesse destacado, talvez o resultado teria sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos”, ressaltou.
O texto da LDO foi relatado pelo deputado Juscelino Filho (DEM-BA), que incluiu a mudança nas regras que determinam o financiamento público de campanhas eleitorais.
Segundo o relator, o piso para o fundo será de 25% dos recursos destinados à Justiça Eleitoral em 2021 e 2022, acrescido de emendas de bancadas estaduais. Técnicos da Câmara e parlamentares apontam que essa mudança permitiu o aumento de quase o triplo do registrado em 2018 e 2020.