Mourão diz que reprovação do governo é “normal” e pode ser revertida
Vice afirmou que momento e questão psicológica relacionada ao lockdown influenciaram na avaliação, mas vacinação e auxílio podem reverter
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) avaliou, nesta quinta-feira (18/3), que a reprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é “normal”, levando em conta o momento pelo qual o país passa e a questão psicológica ocasionada pelo “abre e fecha” das atividades comerciais.
Segundo o general, a desaprovação pode ser revertida, à medida que o Brasil avançar na vacinação e conforme ocorrer a liberação de novas parcelas do auxílio emergencial.
“Isso é normal, nós estamos vivendo um momento difícil, a população sem poder trabalhar, dificuldades para a pessoa viver, especificamente, a questão psicológica pelo abre e fecha das atividades. Eu acho que isso reflete na popularidade do governo, mas pode ser revertido à medida que a gente avançar na vacinação, à medida que tiver agora esse auxílio emergencial. Então, pode ser revertido tudo isso”, pontuou.
O Brasil vive atualmente o pior momento na pandemia de Covid-19. Pesquisa Datafolha realizada esta semana mostrou que o recrudescimento da crise sanitária impactou a avaliação do presidente e da gestão na saúde. O desempenho de Bolsonaro, diante da Covid-19, é visto como ruim ou péssimo por 54% dos entrevistados; outros 43% o culpam pelo estágio atual do surto epidêmico.
“Tudo é uma questão de momento. Vamos lembrar que, na eleição anterior, o presidente perdia no segundo turno até para o Pato Donald, se ele aparecesse para competir”, completou Mourão sobre as pesquisas.
Auxílio emergencial
Questionado se o auxílio tem data para ser formalmente anunciado, o vice-presidente disse não ter informações, porque “esse assunto não passa por mim”.
O retorno do auxílio emergencial é uma das apostas do governo federal para reverter a má avaliação. Espera-se que o mandatário do país entregue pessoalmente ao Congresso a medida provisória que detalha o pagamento do benefício, em sinal de apreço a parlamentares.
A MP vai limitar o subsídio a uma pessoa por família, segundo comunicado do Ministério da Cidadania. Terão direito a auxílio de R$ 250 as famílias compostas por mais de um indivíduo e aquelas que não são chefiadas por mulheres sozinhas. Já nos casos de grupos familiares monoparentais providos por mulheres, será pago o valor de R$ 375.
O governo anunciou que os pagamentos das quatro parcelas do auxílio devem começar em abril.