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Mourão diz que Gilmar Mendes deve se retratar “se tiver grandeza moral”

Vice-presidente afirmou que ministro do Supremo deve desculpas por dizer que “Exército se associa a genocídio”

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
General Hamilton Mourão
1 de 1 General Hamilton Mourão - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta terça-feira (14/7) que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “tem que se retratar” caso tenha “grandeza moral”. O magistrado incomodou os militares do governo ao afirmar que as Forças Armadas estão “se associando a um genocídio”, em referência ao fato de um militar da ativa estar no comando do ministério da Saúde durante a pandemia. O Brasil é o segundo país com mais números de vítimas em todo o mundo.

“É muito simples, ele diz: ‘usei um termo forte para me referir ao papel que o ministro [Eduardo] Pazuello está exercendo no Ministério da Saúde’ e pronto, acabou, encerra o assunto”, disse Mourão sobre como seria o pedido de desculpas esperado por ele e outros militares de alta patente.

Gilmar Mendes disse no sábado (11/7), durante videoconferência realizada pela revista IstoÉ, que o Exército está se associando a um “genocídio”, ao se referir à crise sanitária instalada no país em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.

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Mourão, em visita ao Acre
Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada
Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto
Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF
Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva
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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB)

arte: metrópoles
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Mourão, em visita ao Acre

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Vice-presidente, general Mourão, passeando de bicicleta, próximo ao Palácio da Alvorada

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Bolsonaro e Mourão em solenidade no Planalto

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Vice-presidente Hamilton Mourão em evento no STF

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Mourão ao lado de militares da ativa e da reserva

FEPESIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
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O vice-presidente, general Mourão, recebe a mais alta patente da maçonaria

Divulgação

A reação não foi imediata. Apenas na segunda-feira (13/7), os generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, repudiaram a declaração. No fim da tarde, uma nota assinada por Azevedo e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica anunciou que a Defesa iria acionar a Procuradoria-Geral da República contra o ministro.

Mourão, que também é general do Exército, apesar de estar na reserva, já havia manifestado indignação durante entrevista à TV CNN na segunda. Nesta terça, ao deixar o prédio da vice-presidência durante o almoço, ele tornou a repetir que a retratação representaria “grandeza moral”.

Mendes voltou ao assunto nesta terça, mas não se retratou. Ele divulgou uma nota em resposta às críticas dos generais do governo. “Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas sequer foram por mim mencionadas”, escreveu o ministro do STF.

“Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, complementou Gilmar Mendes.

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