Mourão diz que Brasil não apoia ida de forças externas na Venezuela
Em Bogotá, vice-presidente deixou claro aos Estados Unidos que não haverá permissão de uso de território brasileiro para invadir Venezuela
atualizado
Compartilhar notícia
Após participar da reunião do Grupo de Lima, em Bogotá, na Colômbia, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, postou em suas redes sociais a informação de que não há intenção do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em permitir o ingresso de forças armadas estrangeiras no Brasil.
A localização brasileira, que tem a segunda maior fronteira com a Venezuela, é estratégica para eventuais planos de promover uma intervenção militar na Venezuela. Até o momento, porém, nenhum país manifestou a intenção de entrar no país vizinho.
Enquanto Colômbia, outro país estratégico do ponto de vista geográfico, se alinha aos interesses norte-americanos, o presidente brasileiro fez questão de frisar que aqui, a autorização de uso do território depende do Congresso Nacional e que não há intenção do atual governo em defender esta possibilidade.
“O ingresso de forças armadas estrangeiras em território brasileiro depende de aprovação do Congresso Nacional e não há intenção de apoio do governo @jairbolsonaro para tal possibilidade”, postou Mourão, em sua conta no twitter.
O ingresso de forças armadas estrangeiras em território brasileiro depende de aprovação do Congresso Nacional e não há intenção de apoio do governo @jairbolsonaro para tal possibilidade. https://t.co/zXwcAtWgMz
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) February 25, 2019
Na reunião, Mourão se mostrou solidário aos venezuelanos que queiram deixar o regime ao se dizer “sensível à crise humana e moral que se abate de forma contundente sob a Venezuela”. “Mais que continente, somos uma parte do mundo a qual pertencemos e a qual desejamos viver em harmonia com os outros”, completou.