Mourão diz que ampliar seguro-desemprego não pode ser feito “de afogadilho”
Vice-presidente ponderou que o país está em crise fiscal e que ampliação não pode ser feita de “forma desmesurada”
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta sexta-feira (25/9), que a ampliação do seguro-desemprego em mais duas parcelas deve levar em conta a capacidade fiscal e não pode ser feita “de afogadilho”. A proposta foi apresentada por centrais e está sendo analisada pelo governo.
A equipe econômica do governo pediu 15 dias para apresentar um novo projeto, alternativo ao encaminhado por trabalhadores do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), responsável por operar políticas como abono salarial e seguro-desemprego. O custo de cada parcela adicional está estimado em R$ 8,35 bilhões.
“Tem que olhar dentro da nossa capacidade fiscal, né? Não pode ser coisa de afogadilho. Todos vocês sabem que nós vivemos uma crise fiscal séria. Não podemos aumentar a dívida de forma desmesurada, então tem que buscar qual é a melhor solução para que isso seja pago”, disse.
Mourão também afirmou que medidas econômicas tomadas pelo governo para compensar a crise do novo coronavírus surtiram efeito e a queda que se esperava “não foi tão grande assim”.
“A economia deu uma melhorada. Todas as medidas que o governo fez no sentido de manter a economia em condições, os créditos a pequeno e micro empresas, a questão do pagamento de salários para as empresas que tinham empregos formais, o governo pagando 75% e a empresa pagando 25%; o próprio coronavoucher”, pontuou.