Mourão critica pressão sobre a compra de vacinas: “CPI desorganizada”
Vice defende que senadores se debrucem também sobre “as ações do governo para preservar empregos” e o pagamento do auxílio emergencial
atualizado
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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRBT), demonstrou insatisfação com o trabalho que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, tem exercido. Para o número dois do Palácio do Planalto, os senadores estão “desorganizados”.
“A CPI está muito desorganizada. Ela está focada numa única ação da Saúde”, disse se referindo à compra de vacinas. O tema centraliza a atuação da comissão por ser alvo de superfaturamento.
Mourão defendeu que os senadores se debrucem também sobre “as ações do governo para preservar empregos” e a ajuda social oferecida, ou seja, o pagamento do Auxílio Emergencial. “Acaba que a CPI fica servindo de palanque para os parlamentares”, criticou nesta quarta-feira (11/8).
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Riacho FM, canal de comunicação da Associação Comunitária de Riacho das Almas, em Pernambuco.
A CPI investiga possíveis irregularidades e omissões do governo federal no combate à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil.
Dois casos centralizam o trabalho dos senadores: o contrato de compra da vacina Covaxin, suspeito de superfaturamento e de ter sido usado para o pagamento de propina, e a indicação de remédios sem eficácia para o tratamento da doença.
Nesta quarta-feira, a CPI pausa as investigações sobre a compra de vacina pelo governo federal e ouve o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista.
A empresa é uma das produtoras de ivermectina no Brasil. Ele deve falar sobre as vendas do chamado Kit Covid, combinado de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, como, por exemplo, hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina.