Mourão compara preço de gasolina no Brasil e na Grécia: “Caro no mundo todo”
“Por exemplo, na Grécia, o litro de gasolina está a 1,70 €, é praticamente R$ 10, R$ 11”, disse o general
atualizado
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Questionado sobre a aprovação da Câmara dos Deputados do projeto que propõe mudança no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu, na noite desta quinta-feira (14/10), que o valor da gasolina está caro no mundo inteiro.
“Tive a oportunidade na viagem para prestar atenção no preço do combustível nos países que eu andei, né? A exceção é o Egito, que está baixo. Eu olhei ali, por exemplo, na Grécia, o litro de gasolina está a 1,70 €, é praticamente R$ 10, R$ 11”, disse o general.
“Então, em outros países também é caro desse jeito. Nós temos um preço do barril lá em cima, né? Ele subiu assustadoramente nos últimos tempos com a questão da desvalorização da nossa moeda. O dólar é extremamente valorizado. Quando há essa sazonalidade, é importante que se tenha um fundo estabilizador”, explicou Mourão.
Com amplo acordo, inclusive com partidos de oposição, a Câmara aprovou, na quarta-feira (13/10), a proposta que muda a cobrança sobre combustíveis pelos estados, o famoso Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O placar de votação ficou em 392 votos a favor, 71 contra e duas abstenções.
A medida, prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 11/21, foi apontada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como uma das alternativas para reduzir os preços.
O relator rejeitou todas as emendas apresentadas ao texto. A proposta, agora, precisa passar pelo Senado. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a Casa não irá decidir sobre mudanças no ICMS sem ouvir governadores.
Privatização da Petrobras
Nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ter vontade de privatizar a Petrobras. O mandatário da República justificou a fala ao dizer que, quando os preços dos combustíveis sobem no Brasil, a responsabilidade do aumento sempre recai sobre ele.
“Era uma decisão do presidente da República não mexer nem na Petrobras, nem no Banco do Brasil, nem na Caixa Econômica. Era a decisão dele na época. Eu acho que no futuro, a Petrobras terá que ser colocada aí no mercado, de forma que a gente rompa essa estrutura de monopólio, que no final das contas termina por prejudicar o país como um todo, já se rompeu na questão de refino. A Petrobras vem se desfazendo das refinarias, agora vamos ver”, disse.