Mourão chama Lula de “maniqueísta, político velho e analógico”
Questionado sobre as chances de o petista disputar as eleições de 2022, o vice-presidente acrescentou que Lula não poderá mudar aos 77 anos
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar as eleições presidenciais de 2022 são pequenas, porque, segundo ele, Lula precisará mudar. Mas, na opinião do militar, mudar aos 77 anos de idade é difícil.
Mourão acrescentou, na manhã desta quinta-feira (11/3), que, além de político velho, o petista é maniqueísta e analógico.
“É o Lula de sempre, maniqueísta, político velho. Velho não na idade, mas velho de velhas ideias. Lula é analógico, nós somos digitais”, definiu o vice-presidente.
Segundo o militar, não importa o que o ex-presidente fale, ele está condenado. “Está sobejamente comprovado em três instâncias que ele se envolveu em atos de corrupção, lavagem de dinheiro etc. e tal. Isso não vai ser apagado. O resto é conversa mole”, disse Mourão sobre o discurso de Lula.
“Se o povo brasileiro quiser votar no Lula, paciência. Mas todos nós que entendemos o que acontece. Quando falo nós, é a geral aqui do Brasil. Ele não vence uma eleição porque é um político velho. Ele tem que mudar, e mudar muito! Acho difícil, a essa altura da vida, com quase 76 anos de idade – vai concorrer a uma eleição com 77 anos – haver uma mudança”, apontou Mourão.
Caso Lula
Na segunda-feira (8/3), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu anular todos os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da força-tarefa em Curitiba. Na prática, essa medida torna o petista elegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
A decisão de Fachin permite que Lula seja candidato às eleições de 2022 e, consequentemente, possível concorrente do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Com a decisão, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que decidirá se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.