Mourão, caso voto impresso seja rejeitado: “Não tem mais o que fazer”
Na sexta-feira (6/8), Lira decidiu levar a PEC do voto impresso para ser decidida no plenário da Câmara. A votação deve acontecer na terça
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta segunda-feira (9/8), que se a proposta do voto impresso for rejeitada no plenário da Câmara dos Deputados não há mais o que ser feito. Apesar de a proposição ter sido rejeitada em comissão especial por 23 votos a 11, Arthur Lira, presidente da Câmara, decidiu levar a questão ao plenário.
“Foi uma boa linha de ação do presidente Lira, porque aí coloca para o conjunto da Câmara de Deputados definir essa questão, né? Eu tenho dito pra vocês, várias vezes, que isso é um assunto do Legislativo. Aquilo que o Legislativo decidir, nós temos que cumprir”, disse o general.
Questionado se nova rejeição do parlamento colocará ponto final na pauta que tanto é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mourão salientou que prevalecerá o que for decido pelos deputados e deputadas. “Acho que a partir daí não tem mais o que fazer. Está definido pelo Legislativo, pronto. Cumpra-se”, disse o vice-presidente.
Ao anunciar a decisão, Lira alegou que a medida é para garantir a “tranquilidade das próximas eleições”. “Para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar, sim, a questão do voto impresso para o plenário, onde todos os parlamentares eleitos pela urna eletrônica vão decidir”, enfatizou.
Lira defendeu que o “voto impresso está pautando o Brasil” e tensiona o Parlamento.
“Não é justo com o país e com a Câmara. Avançamos em muitas questões, atualizando e modernizando a legislação e retirando da gaveta projetos que estavam represados há muito tempo. O Brasil sempre teve pressa, e o momento atual é ainda de maior urgência”, frisou.
A votação pode ser pautada ainda para esta semana. Lira deve definir o dia da votação nesta segunda-feira (9/8), após reunião com líderes partidários durante almoço.