Mourão após derrota do voto impresso na Câmara: “Assunto encerrado”
Com 218 votos contrários, 229 a favor e 1 abstenção, a Câmara rejeitou PEC do Voto Impresso. O projeto é fortemente defendido por Bolsonaro
atualizado
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Menos de 12 horas após a Câmara rejeitar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabeleceria a adoção do voto impresso e impor derrota ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) chancelou o futuro do tema: “Assunto encerrado”.
“Considero o assunto encerrado, mas julgo que foi colocada a discussão para a sociedade”, destacou, nesta quarta-feira (11/8).
Mourão considera que a mudança foi “mal colocada” e que a “polarização política” prejudicou o andamento da matéria no parlamento. “Essa discussão ficou mal colocada pela própria polarização que vivemos na política hoje. É apenas uma evolução das nossas urnas. É termos a possibilidade de de uma auditoria mais consistente em caso de uma eleição mais apertada”, encerrou.
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Riacho FM, canal de comunicação da Associação Comunitária de Riacho das Almas, em Pernambuco.
A derrota
Com 218 votos contrários, 229 a favor e 1 abstenção, a Câmara rejeitou na noite dessa terça-feira (10/8) a PEC do Voto Impresso. Para ser aprovada, a matéria precisava de, no mínimo, 308 votos favoráveis. O projeto é fortemente defendido pelo governo.
Agora, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022.
Na batalha pelo voto impresso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, tem sido alvo de ataques de Bolsonaro, que ameaça a realização de eleições em 2022.
Pelos ataques, o presidente virou alvo de um inquérito administrativo. Uma notícia-crime foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o chefe do Executivo nacional seja investigado por fake news.