Mourão aponta atuação técnica e diplomática no apoio à Cúpula do Clima
O vice-presidente preside o Conselho Nacional da Amazônia, mas não foi consultado, sequer, para ajudar no discurso que será proferido
atualizado
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta quinta-feira (22/4), esperar que o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Cúpula do Clima, reafirme o compromisso do Brasil com a preservação do meio ambiente, sustentabilidade, clima e Amazônia.
“São aqueles cinco pilares das operações de comando e controle, da regularização fundiária, do zoneamento econômico-ecológico, serviços ambientais e investimento em projetos de bioeconomia que gerem emprego e renda na região, sem que a floresta seja maculada”, disse o general, que também é presidente do Conselho da Amazônia.
O presidente Jair Bolsonaro discursará, nesta quinta-feira (22/4), na abertura da Cúpula do Clima, encontro virtual convocado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e que conta com a presença de 40 chefes de Estado para tratar de questões climáticas.
Mourão destacou que as questões tratadas na cúpula são pontuais, no entanto, se trata de uma tentativa dos Estados Unidos em recuperar o “protagonismo”.
“Esse evento é uma tentativa dos Estados Unidos em recuperar o protagonismo na arena internacional, utilizando um tema que é extremamente caro, sensível para a humanidade neste momento”, sugeriu.
Mourão aponta que as discussões da cúpula têm que ir na área técnica, e principalmente, na diplomacia.
“A diplomacia atua por meio de metas, de processos, de uma linguagem própria. E aí, em comum apoio da área técnica, para que se chegue às propostas que sejam exequíveis por todos os países e que atinjam o objetivo da gente manter a vida na terra da forma que nós conhecemos”, explicou.
Conselho Nacional da Amazônia
O vice-presidente preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, mas à CNN informou que não foi consultado para o discurso proferido na cúpula. Contudo, para a fala de Jair Bolsonaro. houve a colaboração do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
“Se o presidente julgasse necessário a minha contribuição ele teria pedido, acho que ele não julgou necessário. Eu procuro fazer meu trabalho, independente do que vai acontecer ou deixar de acontecer, procurando fazer a coisa certa. Só isso”, apontou.
Na segunda-feira (19/4), o vice-presidente afirmou: “A tendência sempre é essa. A gente não tem que ser mendigo nisso aí, vamos colocar a coisa muito clara, nós temos as nossas responsabilidades. O Brasil é responsável só por 3% das emissões, desses 3%, 40% é o desmatamento, ou seja 1,2% do que se emite no mundo é responsabilidade do desmatamento nosso”, argumentou o general.