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Mourão admite deixar governo antes do fim para concorrer a outro cargo

O general reforçou a visão de que uma possível chapa com Bolsonaro nas eleições de 2022 está fora de cogitação

atualizado

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Bolsonaro e Hamilton Mourão, durante Abertura da Semana das Comunicações. Foto: Romério Cunha
Bolsonaro e Hamilton Mourão, durante Abertura da Semana das Comunicações.  Foto: Romério Cunha
1 de 1 Bolsonaro e Hamilton Mourão, durante Abertura da Semana das Comunicações. Foto: Romério Cunha - Foto: Bolsonaro e Hamilton Mourão, durante Abertura da Semana das Comunicações. Foto: Romério Cunha

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), admitiu, durante uma entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (2/6), a possibilidade de sair do cargo antes do fim do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Existe um aforismo na brigada paraquedista: ‘Essa foi a tarefa a que eu me propus’, mas uma ou outra ação pode ocorrer que me leve a optar por sair do cargo antes e concorrer a outro”, justificou Mourão, quando foi questionado sobre ser vice-presidente da República.

Caso decida concorrer, por exemplo, ao Senado pelo Rio Grande do Sul, hipótese que vem sendo estudada, Mourão precisaria se desincompatibilizar seis meses antes do pleito. Com isso, o primeiro na linha sucessória da Presidência da República passaria a ser Arthur Lira (PP-AL).

Questionado se viria, novamente, a ser candidato à Vice-Presidência com Bolsonaro, nas eleições presidenciais de 2022, Mourão reafirmou que até o presente momento o chefe do Executivo não tocou no assunto.

“O presidente não tocou nesse assunto comigo. Os indícios são de que ele deve escolher outra pessoa para acompanhá-lo no seu processo eleitoral.”

Mourão também afirmou que se esforça para defender as bandeiras do governo federal, mas nem tudo: “Eu defendo aquilo que pode ser defendido”.

Mourão e Bolsonaro ultimamente vêm se desentendendo sobre pautas relacionadas ao governo federal e, em especial, à pandemia da Covid-19. Levantamento realizado pelo Metrópoles apontou que em 2020 o capitão e o general se reuniram reservadamente apenas três vezes.

Além dessas três ocasiões, os dois também se encontraram, com base em registros oficiais da agenda da Presidência da República, em 12 oportunidades na companhia de outras autoridades, totalizando 15 compromissos conjuntos ao longo de todo o ano passado.

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