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Mourão admite alta no desmatamento e diz que ações demoraram a começar

Vice-presidente vem sendo cobrado por investidores estrangeiros e brasileiros a adotar ações de combate ao desmatamento

atualizado

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Romério Cunha/VPR
Mourão
1 de 1 Mourão - Foto: Romério Cunha/VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB-DF) reconheceu que o Brasil agiu tarde no combate ao desmatamento da região da Amazônia.

Segundo o general da reserva, que atualmente preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, as ações deveriam ter começado em dezembro do ano passado para que o resultado fosse satisfatório no combate à devastação da floresta tropical neste momento.

O reconhecimento de Mourão sobre a gravidade dos dados a respeito do desmatamento ocorre no dia em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulga que o primeiro semestre deste ano teve recorde de desmatamento em uma década. A destruição da floresta atingiu 3 mil km² em junho, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2019.

Mourão participou de videoconferência na tarde desta sexta com investidores brasileiros, que cobravam uma resposta à situação para não perderem investimentos externos. Na quinta, conversou com empresários estrangeiros e prometeu ações.

“Um dos primeiros itens [da conversa com investidores] é o combate ao desmatamento, que nós viemos efetuando aí desde maio. Eu já coloquei pra vocês várias vezes que as ações do desmatamento tinham que ter começado em dezembro do ano passado, que é quando ele começa efetivamente. Nós vamos prosseguir nesse tipo de trabalho até o final de 2022 ou até que a turma que desmata se dê conta de que não dá mais pra fazer isso.”

Questionado se as ações começaram tarde, o vice-presidente foi categórico: “Lógico. O começo em maio vai nos dar, vamos dizer assim, uma melhor situação em relação a queimadas, mas não ao desmatamento”.

Na quinta, em coletiva de imprensa após videoconferência com representantes de companhias estrangeiras, Mourão salientou a dificuldade de fiscalização diante dos escassos quadros de fiscais no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“O Ibama hoje tem 300 fiscais, pô, como é que você vai operar com 300? E os 300, vamos dizer o seguinte, eles não estão na Amazônia. Vamos lembrar que tem o cara que está em Abrolhos, tem o cara que está lá no Parque Aparatos da Serra, lá no Sul, outros em Foz do Iguaçu. A gente precisa contratar gente ou tirar a turma que está no serviço administrativo, no ar-condicionado, e botar no meio da selva”, pregou.

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