Moro pede que Lava Jato seja preservada de “falso escândalo”
O ministro da Justiça reclamou do “revanchismo” que embalaria os “ataques” que vem sofrendo, referindo-se ao vazamento de conversas por site
atualizado
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Acossado pelos vazamentos de conversas com o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, aproveitou uma ida a São Paulo nesta sexta-feira (28/06/2019), onde recebeu a maior honraria do estado, a Ordem do Ipiranga, para pedir apoio à operação. A afirmação de Moro ocorre dois dias antes de uma manifestação convocada por grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) em defesa do ministro e das investigações contra a corrupção.
“Nós temos de preservá-la”, afirmou, no Palácio dos Bandeirantes, ao receber a homenagem das mãos do governador João Doria (PSDB). Ele alegou que a Lava Jato é o verdadeiro alvo dos “ataques” representados pelas publicações dos diálogos pelo site The Intercept Brasil.
O ministro alegou que os vazamentos atribuídos a ele, Dallagnol e outros procuradores da força-tarefa nas últimas três semanas são ataques coordenados. “Há um certo revanchismo que às vezes aparece”, alegou.
O ministro e ex-juiz voltou a afirmar que a investigação das “invasões criminosas” de celulares prossegue. “A Polícia Federal deve chegar aos responsáveis”, disse.
O ministro agradeceu, também, o apoio que diz estar recebendo do presidente Jair Bolsonaro.
“Desde o início deste falso escândalo, a meu ver, o presidente tem prestado apoio”, disse. “A Operação Lava Jato foi alvo de ataques morais, baseados, às vezes, em incompreensões.”