Moro opta por não integrar formalmente equipe de transição
Indicado para o Ministério da Justiça precisa deixar a magistratura antes de assumir outros cargos
atualizado
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Contrariando expectativas do próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro, o juiz federal Sérgio Moro optou por não ocupar um cargo formal na equipe de transição de governo. A justificativa é a condição de ainda manter o posto de juiz.
Ao desembarcar na capital federal para participar de reuniões com a equipe que prepara a futura gestão, Moro afirmou à Folha de S. Paulo que não integrará formalmente o grupo. “Antes de ser nomeado, eu devo pedir exoneração. Não tem como assumir sem estar exonerado”, disse Moro ao jornal.
Na terça-feira, a coordenação do governo de transição informou que Moro, “a princípio”, se juntaria à equipe, embora ainda não houvesse formalização.
Na ocasião, foi confirmado o nome da primeira mulher que vai compor a equipe de transição. Trata-se da coronel do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e especialista em segurança pública Márcia Amarilio da Cunha Silva.
Mais três mulheres foram confirmadas para fazer parte do grupo: as tenentes do Exército Sílvia Nobre Waiãpi e Liane de Moura. Waiãpi é a primeira mulher indígena a integrar a força terrestre. A terceira é Clarissa Costa Longa e Gandour, doutora em economia. Elas serão anunciadas por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com a assessoria de imprensa da equipe de transição, outras mulheres poderão fazer parte do grupo. A comissão de Bolsonaro foi muito criticada devido ao fato de que os primeiros 27 nomes publicados no DOU para a troca de informações com o governo Temer eram todos homens. No total, o time escolhido pelo presidente eleito terá 50 integrantes remunerados.