Moro não descarta Centrão: “Você precisa do Supremo, do Congresso”
Ex-ministro da Justiça ressaltou estar disposto a falar com o país inteiro, mas disse buscar aliados com “credibilidade”
atualizado
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Possível pré-candidato ao Palácio do Planalto, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos) assegurou, nesta quinta-feira (25/11), que vai “conversar com a política”.
Em entrevista à jornalista Denise Mello, da Rádio Banda B, parceira do Metrópoles, Moro foi questionado sobre possíveis relações com o Centrão – que tem políticos investigados na Operação Lava Jato, por exemplo. A força-tarefa foi responsável por alçar o ex-ministro à política.
Inicialmente, o ex-juiz federal disse ter uma carreira pública distinguida pela ética e por princípios.
“Tenho essa credibilidade para dizer para você que o nosso projeto é baseado em princípios e valores, nós temos uma linha muito claro do que pode e do que não pode. Dito isso, nós vamos conversar com a política. A política envolve a construção de pautas e projetos, e para isso você precisa do Supremo [Tribunal Federal], do Congresso”, contou o ex-ministro.
Moro disse também que vai rodar o país inteiro para conversar “com todo mundo”.
“Estou disposto a falar para o país inteiro. Eu não tenho nada a esconder”, disse. “Estamos buscando aliados que tenham credibilidade”, prosseguiu, ao citar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com quem almoçou nessa quarta-feira (24/11).
Filiação
O ex-ministro da Justiça ainda não confirma ser pré-candidato a presidente da República, mas se filiou ao Podemos no último dia 10 de novembro.
Em seus discursos, Moro tem procurado se distanciar do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por isso, o ex-ministro figura na chamada terceira via. Ele disse manter diálogo com outros possíveis candidatos dessa mesma ala, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul (PSDB), Eduardo Leite; o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).