Moro: mudança sobre quem Coaf irá monitorar é tema de consulta pública
Ministro enfatizou que mudanças no monitoramento de transações bancárias ainda não é uma medida efetiva
atualizado
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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, reiterou, nesta quinta-feira (24/1), que a consulta pública do Banco Central (BC) sobre mudanças no monitoramento de transações bancárias ainda não é uma medida efetiva. Moro reforçou que ainda é preciso entender por que a autoridade monetária fez a proposta.
“Até onde eu sei, é apenas uma consulta pública e não uma medida efetiva. Ainda é cedo para ter uma opinião sobre essa proposição”, disse o ministro, que participou de um painel sobre combate ao crime globalizado no Fórum Econômico de Davos. “Talvez não estejam propondo a coisa certa, mas têm boa intenção”, acrescentou.
Proposta da gestão Ilan
Moro ressaltou, ainda, que a consulta foi feita pela gestão que está deixando o comando do BC e não pela que vai assumir junto com o novo governo.
No painel, que tratou de formas de combater o crime organizado transnacional, o ex-juiz da Lava Jato propôs que a cooperação entre países seja fortalecida por meio de forças-tarefa com integrantes dos países interessados, e que a iniciativa privada tenha permissão para colaborar mais diretamente com as investigações sem, necessariamente, depender das vias diplomáticas.
“Se uma instituição tem o compromisso com a cooperação e em não se tornar um paraíso para negócios escusos, deveria poder fazê-lo. Isso é bom não apenas para a cooperação internacional, mas para os bancos e para o povo”, afirmou. “Temos muitos acordos bilaterais de cooperação. Às vezes eles não funcionam por culpa dos pedidos enviados, mas às vezes é falta de boa vontade”, reclamou.