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Moro diz que ida de Bolsonaro à Rússia é “constrangimento” diplomático

Ex-ministro afirmou que o presidente brasileiro tem “a incrível capacidade de estar no lugar errado e na hora errada”

atualizado

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Sergio Moro se filia ao Podemos
1 de 1 Sergio Moro se filia ao Podemos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) criticou nesta segunda-feira (14/2) a ida do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. O mandatário brasileiro embarca para Moscou no fim da tarde desta segunda e terá encontros com o presidente russo, Vladimir Putin, na sede do Kremlin na próxima quarta-feira (16/2).

A viagem ocorre em meio à escalada das tensões com a Ucrânia após a movimentação de tropas na fronteira entre Rússia e Ucrânia no fim da semana passada.

Para Moro, o presidente brasileiro é um “trapalhão” que tem “a incrível capacidade de estar no lugar errado e na hora errada”. Na visão do pré-candidato à Presidência da República, a viagem, neste momento, antagoniza o Brasil com o Ocidente e se traduz em “constrangimento” para a diplomacia brasileira.

Convidado por Putin em dezembro de 2021, Bolsonaro viaja ao país no momento mais crítico da crise na região. Preocupada com o estreitamento de laços dos ucranianos com países ocidentais — devido à possível adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança ocidental de 30 países liderada pelos Estados Unidos —, a Rússia mantém 100 mil soldados perto da fronteira.

Na prática, Moscou vê essa eventual adesão da Ucrânia à aliança ocidental como uma ameaça à sua segurança. Os russos consideram fundamental manter a influência sobre o país em razão da localização estratégica do país. Posicionada entre a porção oriental da Europa e a Rússia, a nação tem sido uma espécie de zona de segurança ou grande muro usado pelos russos para resistirem a investidas militares.

A Rússia nega planos para invadir a Ucrânia, mas os Estados Unidos têm alertado para o que chamam de “intensificação” da atividade militar russa na fronteira com o país vizinho.

Na tentativa de evitar a invasão da Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou o presidente russo com “sanções severas”. Biden e Putin conversaram no sábado (12/2) por telefone por cerca de uma hora.

Agenda de Bolsonaro na Rússia

Além do encontro com Putin, Bolsonaro vai se encontrar com o presidente da Duma de Estado, Câmara Baixa do Parlamento russo, similar à Câmara dos Deputados brasileira. Também participará da entrega da oferenda floral no Túmulo do Soldado Desconhecido.

Na agenda, há ainda um encontro do presidente com empresários. A reunião deve ocorrer no Four Seasons, hotel cinco estrelas localizado na Praça Vermelha, principal cartão postal de Moscou. É nesse hotel onde Bolsonaro e boa parte da comitiva ficarão hospedados.

As agendas de Bolsonaro e dos ministros com autoridades russas e empresários serão relacionadas principalmente às áreas de defesa e de fertilizantes. Justamente as áreas nas quais Brasil e Rússia têm relação comercial mais robusta.

Na quinta-feira (17/2), o mandatário brasileiro vai a Budapeste se reunir com o primeiro-ministro da Hungria, o líder da extrema-direita Viktor Orbán. Não estão previstas agendas na Ucrânia.

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