Moro defende prisão de Sara Winter: “Debate público foi criminoso”
Ativista bolsonarista, líder do grupo “300 do Brasil”, foi presa na manhã desta segunda-feira (15/06) pela Polícia Federal (PF)
atualizado
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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse nesta segunda-feira (15/06) que a prisão da ativista bolsonarista Sara Fernanda Giromini, conhecida por Sara Winter, “é correta”.
O ex-juiz federal destacou que a líder do grupo “300 do Brasil”, nome que não reflete o número de integrantes do acampamento, segundo a Justiça, e as outras cinco pessoas alvos de mandados de prisão pela Polícia Federal (PF) nesta manhã, mais do que criticarem, ameaçaram explicitamente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A liberdade de expressão protege opiniões, mas não ameaças e crimes. O debate público pode ser veemente, mas não criminoso”, escreveu Sergio Moro, em uma rede social.
A PF, que realiza a operação contra Sara Winter, está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça, antes comandando por Moro. A corporação foi alvo de tentativa de influência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo o ex-ministro.
Confira, a seguir, a publicação oficial:
A prisão de radicais que, a pretexto de criticar o STF, ameaçam explicitamente a instituição e seus ministros, é correta. A liberdade de expressão protege opiniões, mas não ameaças e crimes. O debate público pode ser veemente, mas não criminoso.
— Sergio Moro (@SF_Moro) June 15, 2020
Entenda
Sara Winter foi presa temporariamente na manhã desta segunda. Ela é investigada por ameaças contra ministros da Suprema Corte. O mandado foi expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo a defesa da ex-feminista, a prisão ocorreu por volta das 7h. Sara virou alvo do inquérito das fake news que corre na Corte após ameaçar o ministro Alexandre de Moraes.
Os agentes da Polícia Federal cumprem cinco ordens de prisão nesta segunda-feira contra outras lideranças do movimento “300 do Brasil”.
No fim de maio, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da ativista. Na ocasião, os advogados de Sara afirmaram que ela agiu no “calor da emoção” e, por isso, acabou extrapolando pelas redes sociais.
Nesse sábado (13/06), o grupo 300 do Brasil tentou invadir o Congresso Nacional. Os manifestantes chegaram a subir na parte externa do monumento, onde ficam gôndolas próximo às cúpulas do Parlamento.