Moro cobra celeridade do Congresso para aprovação de pacote anticrime
Ministro participou do lançamento da Frente Parlamentar da Segurança Pública e lembrou que o tema foi principal questão nas eleições
atualizado
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Ao participar nesta quarta-feira (20/3) do lançamento no Congresso Nacional da Frente Parlamentar Mista da Segurança Pública, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu ao Congresso para se debruçar sobre o Projeto de Lei Anticrime, apresentado por ele no início deste mês.
A proposta não tem sido tratada como prioridade pelo presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não pretende colocá-la em andamento no primeiro semestre. Isso porque existem textos considerados mais completos que tratam do tema na Casa, inclusive com medidas para o combate às milícias. Essas propostas antigas contam com mais apoio dos líderes em relação ao pacote de Moro. “Vim mais para ouvir do que para falar”, disse Moro logo ao chegar.
“Vou tomar a liberdade só de defender. Tenho sentido muita receptividade sobre o Projeto de Lei Anticrime. É uma questão urgente, e eu acho que os eventos que ocorreram neste ano, especialmente no Ceará, ascenderam uma luz amarela na questão da segurança pública, é algo que tem que ser tratado com a devida celeridade”, avaliou o ministro.
Para ele, “o governo e o Congresso devem um cenário melhor de segurança e de Justiça, no que se refere a crimes violentos, ao crime organizado e contra a administração pública”.
Viagem oficial
Moro acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na visita aos Estados Unidos e fez um breve balanço da viagem.
“Na minha avaliação pessoal, foi uma grande conquista para o Brasil a relação muito próxima estabelecida entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do país mais influente do mundo, que pode ajudar muito o Brasil em várias situações”, apontou.
No âmbito da segurança pública, foram firmados alguns acordos com o FBI de troca de informações com a Polícia Federal. “Esse é um assunto fundamental para o controle de fronteiras”, citou o ministro.
Moro também considerou positivo o trato sobre a utilização da Base de Alcântara, no Pará. “Isso vai trazer recursos importantes ao Brasil, a base estava há mais de uma década parada por questões que não faziam muito sentido”, completou.