Moraes não cumpriu acertos de carta costurada com Temer, diz Bolsonaro
Em nova série de ataques ao futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro reclamou de perseguição a seus aliados
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (7/6), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não cumpriu os termos de uma carta costurada com o ex-presidente Michel Temer, em setembro de 2021, após a temperatura subir em meio a atos antidemocráticos realizados no feriado de 7 de Setembro.
Em nova série de ataques ao futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro disse que, para assinar a carta, combinou com Moraes outras questões para “diminuir a pressão” sobre aliados. Segundo o chefe do Executivo, porém, a “perseguição” de pessoas que o apoiam prossegue.
“Estava eu, Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para o Alexandre de Moraes, conversamos por três vezes com ele. E combinamos certas coisas para assinar aquela carta”, recordou Bolsonaro em entrevista ao SBT. “Ele [Moraes] não cumpriu nenhum dos itens que combinei com ele”.
Segundo o presidente, a conversa não foi gravada “por questão de ética”. “Jamais faria isso. Mas digo para você: o senhor Alexandre de Moraes não cumpriu uma só das coisas que nós acertamos naquele momento para assinar aquela carta”, prosseguiu Bolsonaro.
O mandatário ainda voltou a criticar a decisão do TSE de cassar o mandato do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União Brasil-PR).
“Sem qualquer justificativa, sem qualquer embasamento, cassaram o mandato dele, porque quando faltavam 10 minutos para acabar as eleições de 2018 ele deu a sua opinião sobre as urnas eletrônicas. E digo mais: a opinião dele é exatamente igual à minha”, afirmou.
Na sequência, Bolsonaro voltou a levantar dúvidas sobre fraude eleitoral, algo que já foi checado e rechaçado pelas autoridades.
No início de junho, o ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao Supremo, devolveu os mandatos de Francischini e do deputado federal José Valdevan de Jesus, ambos cassados pelo TSE.
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