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Moraes autoriza acesso ao WhatsApp de Salles e de outros investigados

Ministro do STF autorizou a recuperação do histórico de mensagens trocadas por SMS, WhatsApp e Telegram. Ricardo Salles foi alvo de operação

atualizado

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, no âmbito da Operação Akuanduba, que apura crimes ambientais, uma devassa no celular do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Os investigadores poderão acessar inclusive mensagens de WhatsApp enviadas e recebidas pelo ministro. Como parte das investigações, Moraes determinou a apreensão computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos de Salles e de outros 22 investigados (entre pessoas físicas e jurídicas).

“Autorizo o acesso aos dados constantes nos discos rígidos, mídias e telefones celulares apreendidos, incluindo-se, neste último caso, o histórico de mensagens trocadas por SMS (Short Message Service) e por meio de aplicativos que permitem comunicação telemática, a exemplo do WhatsApp e Telegram, além de correspondências eletrônicas que eventualmente estejam armazenadas nas mídias/aparelhos ou em ‘nuvens'”, escreveu Alexandre de Moraes.

Confira a decisão de Moraes:

Decisão do STF sobre Ministério do Meio Ambiente e Ibama by Metropoles on Scribd

Suposto esquema

A intenção do ministro é que os investigadores da Polícia Federal tenham acesso a conversas, trocas de informações e dados que possam esclarecer a ligação de Salles com o suposto esquema.

As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.

A Polícia Federal investiga possíveis crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do setor madeireiro.

Moraes determinou o afastamento de 10 agentes públicos dos cargos. Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Pará e em São Paulo.

Até a última atualização desta reportagem o Ministério do Meio Ambiente não havia comentado o caso. O espaço continua aberto a esclarecimentos.

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