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Ministros divergem sobre educação sexual em escolas

Para titular da saúde, conhecimento é fundamental para impedir gravidez precoce. O responsável pela Educação admite que podem ter mudanças

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1 de 1 mandetta-1-vinicius-loures-agencia-camara-900×602 - Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto em destaque), defendeu de forma enfática na tarde desta sexta (8/2) a educação sexual nas escolas. Para ele, a estratégia exerce um papel importante na prevenção da gravidez na adolescência, cujas taxas ainda são consideradas altas no país. “Não dá para não fazer”, afirmou.

Dentro do governo, no entanto, está claro que o tema provoca divergências. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi evasivo ao falar do tema e de sua relevância na redução da gravidez entre adolescentes. Rodriguez afirmou que o programa Saúde nas Escolas, que aborda a educação sexual, poderá ser alterado, num sinal de que a estratégia poderá ser feita de forma a não melindrar famílias de pensamento conservador.

“Veremos o que será necessário atualizar”, disse Vélez. Embora questionado, ele não afirmou que mudanças poderiam ocorrer.

As afirmações foram feitas durante a formalização de uma parceria entre os ministérios da Saúde; da Mulher, Família e Direitos Humanos; da Educação e da Cidadania para reduzir a gravidez precoce até 2022. A taxa de gravidez na adolescência no Brasil é de pouco mais de 56 adolescentes a 1 mil. O número é maior do que a taxa internacional, de cerca de 49 a cada 1 mil.

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