Ministro Ramos e deputado Otoni de Paula depõem à PF nesta segunda
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência vai ser ouvido no inquérito das fake news, que investiga ataques ao sistema eleitoral
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, depõe nesta segunda-feira (30/8) à Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news, que investiga ataques sem provas feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao sistema eleitoral. Segundo apurou o Metrópoles, ele deve comparecer pessoalmente à Superintendência da PF em Brasília.
O foco da investigação é uma live do presidente, realizada em 29 de julho, na qual ele prometeu apresentar provas de fraude na urna eletrônica, mas expôs apenas denúncias requentadas e já desmentidas. A inclusão de Bolsonaro e aliados do presidente no inquérito das fake news ocorreu no início de agosto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após os sucessivos ataques do chefe do Executivo ao sistema eleitoral e ameaças à realização das eleições de 2022.
Já prestaram depoimento nesse inquérito o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
O coronel da reserva do Exército Eduardo Gomes da Silva, que era assessor especial de Ramos, também deve ser ouvido pela Polícia Federal. Ele ficou ao lado de Bolsonaro durante a transmissão do dia 29.
Os depoimentos das autoridades devem ser compartilhados com o inquérito administrativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que também apura os ataques de Bolsonaro às urnas.
Deputado também depõe
Em outra frente de investigação, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) depõe nesta segunda como investigado no inquérito dos atos antidemocráticos. No último dia 20, o parlamentar foi alvo de uma operação por suposto ataque à democracia. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do parlamentar.
Além de Otoni de Paula, o cantor Sérgio Reis também foi alvo da operação, que teve 29 mandados cumpridos. Os pedidos de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Otoni está com Facebook, Twitter e Instagram desativados por determinação do ministro Alexandre de Moraes. O deputado alegou ao Supremo que as redes sociais são importantes para sua atuação parlamentar e pediu retomada do acesso.
Otoni de Paula deve depor nesta segunda de forma remota.