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Ministro diz que “tudo está sendo feito” nas buscas por desaparecidos

Na Câmara, Paulo Sérgio Nogueira afirmou que a pasta está empenhada em ajudar na localização de jornalista e indigenista que sumiram no AM

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Novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
1 de 1 Novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou, nesta quarta-feira (8/6), que as Forças Militares estão empenhadas em ajudar e intensificar as buscas pelo jornalista britânico Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira, que foram vistos pela última vez na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. O general enfatizou que “tudo está sendo feito” pela pasta para resgatar a dupla.

Nogueira foi convidado por deputados a participar de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

Inicialmente, o convite previa discutir a compra de medicamentos e próteses penianas pelas Forças Armadas, mas oposição e base aliada do governo aproveitaram a oportunidade para questionar o ministro sobre ações da pasta na busca dos desaparecidos.

Segundo o militar, a área em que os militares atuam na tentativa de localizar o indigenista e o jornalista é descrita como “crítica e muito sensível”.

“Tão logo a notícia surgiu e eu tomei ciência, liguei imediatamente, passei mensagem no grupo dos comandantes de força: ‘Imediatamente, o que tiverem por perto coloquem à disposição’. Hoje nós temos em torno de 150 militares. Tudo está sendo feito”, assegurou o general.

De acordo com Nogueira, “não há duvida” do esforço do Ministério da Defesa na atuação. “A gente não tem noção do que possa ter acontecido. A gente torce, reza para que sejam encontrados os dois com vida”, completou.

Quem são

Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. No órgão desde 2010, ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos. O servidor público acabou dispensado do cargo, em 2019, após combater mineração ilegal em terras indígenas.

A retirada do servidor da função de chefia ocorreu no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou projeto para liberar garimpos nas reservas.

Licenciado da Funai, o indigenista faz parte, atualmente, do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente (Opi).

Dom Phillips é um jornalista colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007, com residência em Salvador. Ele está trabalhando em um livro sobre meio ambiente, com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Além do The Guardian, Phillips já publicou trabalhos em outros veículos, como Financial Times, New York Times e Washington Post, e em agências internacionais de notícias.

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