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Ministro diz que autoridades espanholas são “coniventes” com racismo

No domingo (21/5), o jogador do Real Madrid Vinícius Júnior foi vítima de mais um episódio de racismo na Espanha

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Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília(DF), 03/01/2023Transmissão de cargo ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida nessa terça-feira (02/01). Fotos Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília(DF), 03/01/2023Transmissão de cargo ao ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida nessa terça-feira (02/01). Fotos Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, disse que as autoridades espanholas estão sendo “coniventes” com os casos de racismo que ocorrem nos campeonatos locais. A fala foi feita após mais um caso de racismo contra o atacante Vinícius Junior, do Real Madrid, nesse domingo (21/5).

Segundo Almeida, não se trata de um “caso isolado”, já que o jogador foi vítima de ofensas racistas em outras ocasiões.

“Me parece que as autoridades espanholas e as organizações que tratam do futebol na Europa, a liga espanhola, os patrocinadores, parte da imprensa, se mostram coniventes com os atos racistas. O silêncio das autoridades, dos patrocinadores, parte da imprensa, enfim, dos outros clubes e organizações do futebol na Europa, é um silêncio conivente com o racismo”, declarou Silvio Almeida.

O titular dos Direitos Humanos se solidarizou com o atleta e acrescentou que o caso expõe um problema muito maior, que “tende a se espalhar para muito além do campo e do estádio”.

“Quero lembrar também que essa violência racista contra o Vini Jr. demonstra um problema muito maior que tende a se espalhar pra muito além do campo e muito além do estádio. Então nós temos um problema político de grande monta, o que justifica inclusive, manifestações do estado brasileiro. Um dos maiores jogadores de futebol do mundo sofre isso, então nós ficamos imaginando como é tratada a comunidade brasileira e como são tratados outros negros que estão na Europa”, salientou o ministro.

Entenda o caso

Tudo começou quando o brasileiro estava driblando e foi atrapalhado por uma segunda bola em campo. Seus companheiros de equipe ficaram indignados com a situação, e a torcida do Valencia (time adversário) começou a hostilizar o Real Madrid.

Vini foi xingado por parte da torcida e apontou para o setor de onde partiam os gritos de “macaco”. O árbitro Ricardo de Burgos paralisou a partida.

O juiz então conversou com jogadores e com os técnicos dos dois times, além do quarto árbitro. O sistema de som do estádio do Valencia emitiu dois avisos: um de que a partida tinha sido paralisada por causa desse episódio de racismo, e o segundo de que ela só voltaria caso os xingamentos fossem encerrados.

Foram oito minutos até o jogo ser retomado.

No fim da partida, uma confusão entre vários jogadores dos dois times paralisou novamente o jogo. O camisa 20 do Real Madrid deu um tapa em um atleta rival após sofrer um mata-leão e recebeu cartão amarelo. A arbitragem usou o VAR no lance e trocou a punição para um cartão vermelho.

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