Ministro da Educação diz que diploma universitário “não adianta” sem emprego
Durante fala, Milton Ribeiro criticou a demora para o pagamento da dívida gerada pelo financiamento estudantil “porque não tem emprego”
atualizado
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a atacar o ensino universitário nesse sábado (21/8) durante evento em Nova Odessa (SP). Ele questionou o uso do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para a obtenção do diploma universitário e criticou a demora para o pagamento da dívida gerada pelo financiamento “porque não tem emprego”.
Durante sua fala para representantes dos governos municipais da região, Ribeiro criticou a utilidade do diploma. “Que adianta você ter um diploma na parede, o menino faz inclusive o financiamento, que é um instrumento útil. Depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego”, questionou o ministro.
“No entanto, o Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional. E aí, depois, o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego e falam: ‘O que eu gostaria mesmo é ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinário, já tenho um emprego, mas eu quero ser um médico veterinário'”, defendeu Ribeiro.
Em entrevista à TV Brasil, no último dia 9, Milton Ribeiro defendeu que o acesso às universidades deveriam “ser para poucos”. E sustentou que o principal investimento no setor deveria ser em institutos federais que disponibilizam a formação técnica.
Em polêmica mais recente, o ministro da Educação afirmou que há crianças com “um grau de deficiência que é impossível a convivência”. Na sequência, se desculpou e disse que foi “erro de expressão”.
No evento, um grupo de estudantes foi retirado à força pela Polícia Militar do local após terem protestado contra o titular da pasta. Com cartazes e aos gritos, os manifestantes pediam por mais oportunidades nas universidades e uma garantia de acesso à internet para alunos de baixa renda. O encontro ocorreu no Ginásio de Esportes do Jardim Santa Rosa.